quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Eu quis cantar






acho que vou  fazer disso um fotolog.

já que não deve ser diário...
que seja um eu imagético.


Sobre morte e vida, severina.


(pintaram tudo de cinza. as cartas da rainha.)


Logo na entrada do jardim havia uma enorme roseira coberta de rosas brancas, que três jardineiros estavam apressadamente pintando de vermelho. Achando o caso muito curioso, Alice aproximou-se para ver melhor. E pôde ouvir a conversa dos jardineiros.
-Cuidado, Cinco! Não me espirre tinta dêsse jeito!
-Não foi por culpa minha. Foi o Sete que me deu um empurrão - respondeu o Cinco de mau humor.
O Sete olhou atravessado e contestou:
-Você tem mania de fazer as coisas e pôr a culpa nos outros...
-Cale a bôca que é melhor! - retrucou o Cinco. -Não foi à toa que a Rainha disse ontem que você merecia ser decapitado.
-Decapitado, por quê? -.indagou o que havia falado primeiro.
-Não é da sua conta, Dois. Cuide do seu serviço - respondeu o Sete.
-É, sim, da conta dêle! - disse o Cinco. - E vou contar por que foi. Foi porque levou para a cozinheira batatas de dália como se fôssem batatas-doces.
O Sete ia largando o pincel para responder, quando deu com a menina desconhecida. Ficou atrapalhado e por fim cumprimentou-a. Os outros também largaram do serviço e fizeram o mesmo.
-Poderão os senhores explicar-me por que motivo estão pintando essas rosas? - perguntou a menina.
O Cinco e o Sete nada responderam, limitando-se a olhar para o Dois, que disse em voz baixa: - Por uma razão muito simples. Esta roseira devia ser de rosas vermelhas, mas nós, por engano, plantamos uma roseira de rosas brancas. Se a Rainha souber, manda-nos cortar a cabeça. Por isso estamos a corrigir o nosso erro antes que ela chegue.
Nisso o Cinco, que estivera de olhos postos numa certa direção, gritou muito aflito: - A Rainha vem vindo!

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