terça-feira, 25 de agosto de 2009

O perigo da retórica pós-moderna

Em se tratando de vincular identidade e trabalho, tratando-os como ‘algos’ que seguem uma linearidade temporal, o artigo tenta deixar em paralelo os conceitos, levando à quebra da subestimação da capacidade de adaptação do homem, mostrando, sem especificar ‘quem’ é causa e ‘quem’ é efeito, que o mundo corre, as teorias sobre o conceito de identidade se tornam cada vez mais líquidos (ou sólidos maleáveis) e o homem, seu trabalho, sua identidade, enfim, tudo que compõe o mundo (pós-moderno, contemporâneo ou modernidade tardia ou o que quer que seja) pulsa no mesmo ritmo. O mundo acelera. O texto volteia sobre inúmeros conceitos de identidade, fala-se em colapso, em reflexo, em fragmentação, subjetividade, encerrando a discussão sobre identidade com os seguintes dizeres: “Defendemos a idéia de que a análise do processo de identificação nos possibilita compreender como se desenvolve a integração do sujeito por meio dos seus processos identificatórios, os quais possibilitam uma linha de continuidade, de modo que este reconhece a si mesmo ao longo de sua trajetória.” Com essa frase, inicia-se a discussão sobre contemporaneidade e trabalho, onde predomina a visão de uma contemporaneidade marcada por dúvida, riscos, fragmentação, complexidade e corrosão, aspectos ‘geradores’, talvez, de uma nova visão sobre o contexto atual, tida num primeiro momento como fragmentada, sendo substituída, quando com um olhar mais demorado, por uma concepção de identidade “liquidamente” estável, onde o novo pulsar do trabalho assemelha-se ao leito de um rio, que brota de vários pontos, une-se e separa-se, evapora-se, cai no mar, evapora-se, cai na terra, volta à nascente, e vai.
Por fim, arrisco-me a comparar a atual liquidez do trabalho ao aquecimento polar. O que antes era rígido hoje se liquefaz. Os vínculos trabalhistas, que antes eram sólidos e duradouros, hoje “são posições de sujeitos transitórias e efêmeras, mas não é possível negar a coerência e a continuidade na história de vida de cada um”.

3 comentários:

  1. http://www.releituras.com/jcortazar_casa.asp

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  2. ah! corrigi os erros de português hoje cedo...
    =P

    esse aí tá crein deus pai. "em se tratando, tratando-os" ¬¬ e por aí vai


    ray

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olha